quinta-feira, 30 de abril de 2009

MONITORIZAÇÃO HEMODINAMICA – PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS DOS SISTEMAS DE MONITORIZAÇÃO


MONITORIZAÇÃO NÃO INVÁSIVA


PRESSÃO ARTERIAL


PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO


A pressão arterial (PA) é a quantificação da força exercida nas paredes das artérias pelo sangue que circula no sistema arterial.

Variação dos valores medidos consoante a zona de medição.

Os valores de PA aumentam abaixo do nível do coração e diminuem acima do mesmo, razão que a medição de referência usada na prática diária deve ser feita no braço colocado ao nível do coração

Pressão arterial média:


Indica a força do movimento do sangue no sistema arterial ao longo do ciclo cardíaco. É um parâmetro orientador de decisões terapêuticas, isto porque a pressão arterial média é igual em todos os pontos do sistema cardiovascular e assim, é um índice valioso de pressão de perfusão em todos os pontos do sistema (por ex. perfusão coronária ou cerebral) bem como da resistência oferecida à ejecção do ventrículo esquerdo.

A medição não invasiva da pressão arterial independentemente do método, normalmente os valores de pressão sistólica é em média cerca de 20mmHg inferiores à pressão medida intra-arterial Relativamente às pressões diastólicas são superiores às intra-arteriais.

Vantagens: técnica simples, acessível e não invasiva.

Desvantagens: dependente da acuidade auditiva no método auscultatório, Importância da dimensão correcta do cuff e diminuição de precisão nos indivíduos obesos, com leituras falsamente elevadas.


SATURAÇÃO PERIFÉRICA DE OXIGÉNIO

O oxímetro de pulso simples e não invasivo com poucas complicações, que estima a saturação funcional da oxihemoglobina. A transmissão de luz vermelha e infravermelha através dos leitos capilares cria diferentes sinais ao longo do ciclo cardíaco pulsátil. Esses sinais medem a absorção pelos tecidos ou pelo sangue arterial e venoso da luz transmitida. Cálculos feitos a partir do processamento dessas medidas fornecem, uma estimativa das quantidades de hemoglobina oxigenada e da percentagem de saturação da hemoglobina pelo oxigénio (SaO2)

Os sensores da oxímetria podem ser aplicados aos dedos das mãos, dos pés, lobo da orelha, septo nasal, boca, ou qualquer superfície cutânea onde um sinal confiável possa ser obtido.

Os doentes com pele clara devem manter o SaO2 em torno dos 92% e os doentes com
pele escura em torno dos 94%.

Fontes de erro

S Factores fisiológicos ou anatómicos que interferem na detecção do sinal tais como: pele escura, unhas postiças, esmalte, hipotermia local ou sistémica causando vasoconstrição, hipotensão, ma perfusão periférica e hiperlipidémia.

S Factores externos interferindo na recepção do sinal por ex. luminosidade excessiva do quarto, aderência insuficiente do sensor possibilitando que a luz externa atinja o sensor e por fim mobilidade excessiva do sensor.

S Alterações da hemoblobina podem interferir na transmissão do sinal e assim o SaO2 são falsamente elevadas quando a carboxi-hemoglobina esta presente, embora que esta anormalidade não vai alterar a frequência de pulso detectada pelo oxímetro.


CAPNOGRAFIA

A capnografia indica a quantidade de CO2 que é eliminado dos pulmões através do ar expirado e pode ser um indicador valioso para ajudar na optimização da função respiratória do doente.
Relativamente aos parâmetros normais do ETCO2 oscilam entre os 30 a 40 mmHg.

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