terça-feira, 1 de dezembro de 2009

SIMBOLO INTERNACIONAL DO DAE

CONGRESSO NO PORTO


A apresentação das novas guidelines será no congresso da ERC no Porto

Legislação sobre o DAE

O Decreto-Lei 188/2009 de 12 de Agosto vem regular a utilização de Desfribrilhadores Automáticos Externos (DAE) em locais públicos por leigos.

Por ano, morrem mais de 700 000 adultos na Europa, vitimas de doença cardiovascular, fazendo desta a primeira causa de morte no mundo Ocidental. Destes, pelo menos 40% morrem de morte súbita cardíaca, antes de chegarem ao hospital.
Na impossibilidade de ter um médico em cada local, muitas vidas podem ser salvas se as pessoas em redor ligarem 112, e se devidamente formados/treinados, iniciarem suporte básico de vida (SBV) e providenciarem desfibrilhação automática externa (DAE) em poucos minutos.
O objectivo de um Programa de DAE é melhorar a taxa de sobrevivência de pessoas que sofram morte súbita cardíaca. Programas de DAE eficientes administram o choque à vitima entre 3 a 5 minutos após o colapso.

Os requisitos legais para o licenciamento de programas de DAE têm um papel muito importante em evitar restrições e dificuldades para o desenvolvimento do projecto.
Existem especificações sobre o treino das pessoas que podem utilizar os equipamentos (operacionais de DAE), os equipamentos de DAE e o sistema de auditoria médica. Sugerimos que consulte a legislação em vigor.


No que concerne à formação dos operacionais de DAE, só entidades acreditadas pelo INEM podem ministrar formação e este aspecto é fundamental para o licenciamento de programas.
A informação de como manipular o aparelho, só por si, não garante a aprendizagem dos passos fundamentais da cadeia de sobrevivência, nem o treino necessário em SBV e DAE.
Os Centros de Formação do INEM, disponibilizam formação em SBV e DAE, mediante contacto prévio, apenas para entidades e não a titulo individual.

Alguns aspectos que deve ter em conta, quando pensar em implementar um programa de DAE:
- Onde pretende implementar o programa de DAE (espaço físico, dimensão, horário de funcionamento);
- Quem pode ser o médico responsável pelo programa (requisitos legais e disponibilidade);
- Quantos operacionais é necessário formar, quem devem ser, onde devem ser formados (nº de elementos necessários, local onde trabalham, horários de trabalho, entidade onde devem fazer a formação);
- Que modelo de equipamentos adquirir, quantos, como funcionam, como fazer a sua manutenção ( todos os equipamentos devem gravar em forma de dados o registo electrocardiográfico, devem ser simples de usar, emitir comandos sonoros em Língua Portuguesa e produzir descarga eléctrica sob comando de um operador externo);
- Quais os requisitos tecnológicos necessários para fazer a auditoria dos casos gravados quando o aparelho for usado (tem de existir um sistema informático de suporte aos equipamentos, que permita posterior auditoria e análise dos registos pelo médico responsável pelo programa).

quinta-feira, 30 de abril de 2009

MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA INVASIVA

PRESSÃO ARTERIAL

Princípios de funcionamento (sistema electrónico de monitorização por coluna de liquido).
As variações pulsáteis de pressão detectadas na extremidade do cateter intravascular são transmitidas através de linhas preenchidas por liquido a um transdutor munido de um diafragma sensível à pressão. O movimento ciclíco induzido pela variação de pressão é convertida em sinal eléctrico de baixa voltagem, que por sua vez, é amplificado pelo monitor de forma a converter-se em registo contínuo e curva de pressão no visor/osciloscópio. Assim as pressões sistólicas, diastólicas e médias são medidas em mmHg e quantificadas no monitor.

Componentes do sistema de monitorização invasiva

- Cateter intravascular e sistema de linhas de compliance baixo (rígidas);
-Transdutor de pressão;
-Monitor/amplificador;
-Sistema de “flush”/infusor

Nivelamento do transdutor de pressão - Consiste na colocação do transdutor de pressão e da extremidade do cateter vascular no mesmo plano vertical.

Referências para o nivelamento - O ponto do cateter para avaliação de pressão arterial (assim como o da pressão venosa central e do cateter de Swan-Ganz) está colocado a nível do coração, correspondendo ao ponto torácico abaixo do ângulo de Louis, ou eixo flebostático ou seja, quando o sistema é nivelado abaixo deste ponto, o peso da coluna de liquido adiciona cerca de 2 mmHg ao valor real de pressão vascular ou cardíaco por cada 2cm de variação. Este processo acontece exactamente o inverso quando o sistema é nivelado acima do ponto médio torácico,

Fazer o equilíbrio do sistema ou “fazer zero” - Este processo tem como objectivo eliminar o efeito de pressão atmosférica no transdutor, colocando o sistema de monitorização num registo de pressão neutral para iniciar o registo de pressão

Factor que podem interferir na correcta avaliação da pressão arterial (distorção do formato da curva arterial)

-Vários factores dentro do vaso arterial;

-Problemas na interface hidráulica/electrónica do transdutor;

-Problemas nas conexões, extensões e tubos do sistema;

-Alteração na elasticidade da parede arterial;

-Reflectância da forma da curva de pressão das paredes dos vasos ou tubos;

-Pequenas bolhas de ar na coluna de liquido ao longo do sistema,

-Pequenos trombos em volta ou dentro do cateter;

-Extensão e rigidez dos tubos plásticos.

Ou seja podemos dizer que a simples inspecção do formato da curva pode ajudar a detectar o problema.

Complicações dos cateteres arteriais:

- Formação de hematoma;

- Hemorragias;

- Trombose arterial;

- Embolização próximal ou distal;

- Pseudo-aneurisma;

- Infecção.

MONITORIZAÇÃO HEMODINAMICA – PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS DOS SISTEMAS DE MONITORIZAÇÃO


MONITORIZAÇÃO NÃO INVÁSIVA


PRESSÃO ARTERIAL


PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO


A pressão arterial (PA) é a quantificação da força exercida nas paredes das artérias pelo sangue que circula no sistema arterial.

Variação dos valores medidos consoante a zona de medição.

Os valores de PA aumentam abaixo do nível do coração e diminuem acima do mesmo, razão que a medição de referência usada na prática diária deve ser feita no braço colocado ao nível do coração

Pressão arterial média:


Indica a força do movimento do sangue no sistema arterial ao longo do ciclo cardíaco. É um parâmetro orientador de decisões terapêuticas, isto porque a pressão arterial média é igual em todos os pontos do sistema cardiovascular e assim, é um índice valioso de pressão de perfusão em todos os pontos do sistema (por ex. perfusão coronária ou cerebral) bem como da resistência oferecida à ejecção do ventrículo esquerdo.

A medição não invasiva da pressão arterial independentemente do método, normalmente os valores de pressão sistólica é em média cerca de 20mmHg inferiores à pressão medida intra-arterial Relativamente às pressões diastólicas são superiores às intra-arteriais.

Vantagens: técnica simples, acessível e não invasiva.

Desvantagens: dependente da acuidade auditiva no método auscultatório, Importância da dimensão correcta do cuff e diminuição de precisão nos indivíduos obesos, com leituras falsamente elevadas.


SATURAÇÃO PERIFÉRICA DE OXIGÉNIO

O oxímetro de pulso simples e não invasivo com poucas complicações, que estima a saturação funcional da oxihemoglobina. A transmissão de luz vermelha e infravermelha através dos leitos capilares cria diferentes sinais ao longo do ciclo cardíaco pulsátil. Esses sinais medem a absorção pelos tecidos ou pelo sangue arterial e venoso da luz transmitida. Cálculos feitos a partir do processamento dessas medidas fornecem, uma estimativa das quantidades de hemoglobina oxigenada e da percentagem de saturação da hemoglobina pelo oxigénio (SaO2)

Os sensores da oxímetria podem ser aplicados aos dedos das mãos, dos pés, lobo da orelha, septo nasal, boca, ou qualquer superfície cutânea onde um sinal confiável possa ser obtido.

Os doentes com pele clara devem manter o SaO2 em torno dos 92% e os doentes com
pele escura em torno dos 94%.

Fontes de erro

S Factores fisiológicos ou anatómicos que interferem na detecção do sinal tais como: pele escura, unhas postiças, esmalte, hipotermia local ou sistémica causando vasoconstrição, hipotensão, ma perfusão periférica e hiperlipidémia.

S Factores externos interferindo na recepção do sinal por ex. luminosidade excessiva do quarto, aderência insuficiente do sensor possibilitando que a luz externa atinja o sensor e por fim mobilidade excessiva do sensor.

S Alterações da hemoblobina podem interferir na transmissão do sinal e assim o SaO2 são falsamente elevadas quando a carboxi-hemoglobina esta presente, embora que esta anormalidade não vai alterar a frequência de pulso detectada pelo oxímetro.


CAPNOGRAFIA

A capnografia indica a quantidade de CO2 que é eliminado dos pulmões através do ar expirado e pode ser um indicador valioso para ajudar na optimização da função respiratória do doente.
Relativamente aos parâmetros normais do ETCO2 oscilam entre os 30 a 40 mmHg.

RECOMENDAÇÕES PARA ORGANIZAÇÃO DE DAE


INTRODUÇÃO

A morte súbita do adulto, é responsável por cerca de 20.000 óbitos por ano em Portugal, constituindo assim um problema de saúde pública. Os numerosos estudos científicos têm demonstrado que a desfibrilhação realizada pelo público melhora a sobrevivência das vítimas de morte súbita no adulto.

O DAE para o público permite que até à chegada das equipas de emergência, seja aplicado o mais rápido possível um choque eléctrico externo à vitima que apresente com ritmo cardíaco (FV), ou todas as outras taquicardias responsáveis por paragem cardiorespiratória, e que é causa frequente de morte súbita.

Importa assim elaborar normas que regulam a organização de DAE,S no publico. Estas normas são aplicadas apenas ao DAE, dentro dos locais públicos ou que recebem muita afluência de publico (centros comerciais, supermercados)

RECOMENDAÇÕES:

Modalidade de Disposição e Localização dos DAE,S –

A disposição dos DAE,S no público, pode ser realizada de 2 formas:

Um serviço livre - Neste caso, o DAE é instalado num local público, e não importa a sua localização. Qualquer pessoa que passa, pode utilizá-lo, numa vítima que seja suspeita de PCR. O DAE é colocado por exemplo, na rua perto de um extintor; na gare do comboio; aeroporto, etc.
Por intermédio de uma pessoa designada – O interveniente não tem de ser forçosamente um socorrista, mas sim alguém que é responsável do material (ex: segurança; recepcionista; padre de uma paróquia; uma pessoa escolhida no seio da comunidade)

Locais de Implementação dos DAE,S –

A eficácia do programa está relacionado com a correcta escolha do local da disposição dos DAE,S. Os estudos internacionais preconizam que o DAE esteja localizado no local, onde as paragens cardiorespiratórias sejam susceptíveis de ocorrer.

Existe também indicação que pode ser implementado em locais onde é frequente existir pessoas de risco, por exemplo: locais onde circulam mais de 250 pessoas por dia, com mais de 50 anos de idade.
É neste contexto que os países anglo-saxónicos, consideram a implementação como rentável, em termos médico-económicos. No contexto do domínio público a CFRC, recomenda que a escolha dos locais para disposição dos DAE,S sejam as seguintes:
Os locais onde o acesso ao socorro, imponha um tempo de intervenção prolongado (na ordem dos 30 minutos), que será muito nefasto para o prognostico. Dentro desta configuração, apenas a presença do DAE pode melhorar o prognóstico.
Os pontos de passagem frequentes com grande aglomerado de pessoas (estações de comboio, aeroportos, centros comerciais, estádios)
Os locais onde o risco de morte súbita é muito importante (estádios, pavilhões desportivos). A escolha do local, deve ser realizada, depois de se ter efectuado um estudo rigoroso, sobretudo através da cartografia do local, e o estudo da acessibilidade dos primeiros socorros. A equipa médica deve ir ao local, para determinar com exactidão, o local da colocação do DAE, a fim de assegurar a sua boa visibilidade e acessibilidade pelo público.
Uma vez colocados os DAES no local, a CFRC recomenda que deve ser feita uma cartografia precisa da localização dos aparelhos, e comunicar aos potenciais intervenientes, aos serviços de socorro e equipas de emergência.

Escolha do Modelo do Desfibrilhador -


O CFRC, recomenda que os desfibrilhadores, à disposição do público sejam o mais simples possíveis de utilizar. Assim é preconizado que o traçado de ECG, não seja visível, o aparelho apenas deve comportar um ecran para controlo e/ou indicação das instruções a serem seguidas pelo operador. As instruções devem ser concisas, e precisas para guiarem o operador na sua utilização.
Existem 2 tipos de desfibrilhadores: os aparelhos que fazem tudo sozinhos (desfibrilhador inteiramente automático) e os aparelhos que indicam por meio de um sinal visual e/ou sonoro ao interveniente que carregue no botão para administrar o choque (desfibrilhador semi-automático).

Tanto um como o outro podem ser usados pelo público. Não existem estudos que demonstrem que um aparelho seja superior ao outro. A nível internacional, os países que utilizam o método de “uso livre”, utilizam os DAES automáticos, os países que utilizam o método de pessoa responsável, optam pelo DAE semi-automático. Esta escolha recaí apenas em factores essencialmente psicológicos.
O efeito da utilização do DAE automático, provoca ao operador o stress de ser ele o responsável pelo choque. Este stress, pode induzir o operador a retardar o choque.

Formação do Público –

A CFRC recomenda que a formação sobre a utilização do material e o algoritmo de RCP, devam ser gratuitos, e em forma de campanhas de informação. Cientificamente está estudado, que a formação deve ser curta e breve (inferior a uma hora), sendo o suficiente para utilizar o DAE.
De acordo com as indicações da Academia de Medicina, a formação que se destina ao público para utilização do DAE em método de “Uso Livre”, resume-se a 3 acções:
1) Alertar a emergência médica através do 112
2) Realizar compressões torácicas (compressão cardíaca externa)
3) Utilizar o DAE, seguindo as instruções dadas pelo aparelho

Utilizar a denominação: alertar, massajar, chocar, para divulgação de informação.
Recomenda-se ainda que a formação possa ser alargada, da seguinte forma: a formação pode ser alargada com um complemento, incluindo a ventilação artificial (por boca-a-boca), para os seguintes casos:
Pessoas voluntárias, que durante a formação, tenham sido eficazes na assimilação de conhecimentos.
Pessoas indicadas como responsáveis do aparelho
Pessoas com alguma diferenciação

Informação do Público –

Para uma adequada utilização do aparelho é necessário chegar a informação a todos os intervenientes como tal sugere-se o seguinte:

Campanha de informação utilizando todos os suportes (escritos, multimédia)
Divulgação através de jornais locais e regionais, televisão, rádio e nos locais de encontros como por exemplo, pavilhões desportivos.
Indicar a localização exacta doa aparelhos e como aceder e utilizar adequadamente os mesmos.
Campanhas em locais de concentração: associações, igrejas, festas.

Manutenção dos DAES –

A utilização dos desfibrilhadores, será episódica, e limita-se à sua utilização apenas algumas vezes por ano. Independentemente desta situação os aparelhos devem funcionar correctamente. Deve ser efectuada uma manutenção rigorosa dos aparelhos devem funcionar correctamente.
Deve ser efectuada uma manutenção rigorosa dos aparelhos, para que o programa decorra sem Intercorrências. Recomenda-se a auditoria periódica dos aparelhos, para a sua adequada manutenção.

Avaliação dos Programas de DAE –

A equipa coordenadora, deve avaliar os resultados do DAE, por ser um elemento importante da qualidade de serviço. A auditoria permite verificar a pertinência da escolha do local de implementação, melhorar os procedimentos e propor melhorias para o posicionamento do DAE, e a necessidade de intensificação da campanha de informação.
Por outro lado a equipa de auditoria, deve verificar se os protocolos estão a ser respeitados e cumpridos conforme estipulado. Deve-se realizar pelo menos uma reunião anual da equipa coordenadora com a equipa de implementação e operacionalização do programa.

sábado, 28 de março de 2009

Cateter de Swan-Ganz

O tratamento do doente crítico envolve a monitorização e a avaliação hemodinâmica. O cateter de Swan-Ganz, ou cateter da artéria pulmonar, foi desenvolvido na década de 1960. Por volta dos anos de 1970, com o avanço da tecnologia, foi adicionado um termosensor permitindo um rápido acesso ao débito cardíaco e a outras informações consideradas importantes para o diagnóstico e tratamento de tais pacientes.
Nestes últimos anos, ocorreram sofisticações nos sistemas de monitorização e no próprio cateter e, como resultado, temos a mais segura e relativamente fácil assistência hemodinâmica à beira do leito do paciente. Neste contexto, foram desenvolvidos alguns modelos de cateteres de Swan-Ganz, a seguir:

1- Cateter de Swan-Ganz de dupla via:

Esta foi a forma original e mais simples do cateter. Ele possui duas vias:
· Via distal: via de transmissão da pressão da artéria pulmonar (PAP) e da pressão de oclusão da artéria pulmonar (POAP) para o sistema de monitorização.
· Via para o balão: via para insuflar o balão.

2- Cateter de termodiluição com quatro vias:

Este é o tipo de cateter mais utilizado. Ele possui quatro vias:
· Via distal (AP): transmite a pressão da artéria pulmonar (PAP) e da pressão de oclusão da artéria pulmonar (POAP). Pode ser colhido sangue venoso misto desta via, já que a ponta do cateter está na artéria pulmonar. Drogas ou soluções hiperosmóticas não devem ser administradas nesta via, pois podem causar lesão vascular local ou reação tecidual.
· Via do balão: via para insuflar o balão.
· Via proximal (AD): localiza-se a 30 cm da ponta do cateter, na auricula direita e transmite a pressão da mesma. Pode-se administrar drogas, fluídos e eletrólitos. A solução para a realização da medida do débito cardíaco é injetada nesta via.
· Via do termosensor: está localizada de 4 a 6 cm da ponta do cateter e transmite a variação da temperatura no sangue. Esta variação é importante para a medida do débito cardíaco, onde é injetada uma solução fria e identificada a variação da temperatura na passagem do sangue neste local. Também é utilizado para a medida da temperatura sanguínea.

3- Cateter de termodiluição com via extra para medicação:

É um modelo de cateter que permite a infusão de drogas por vias acessórias que se localizam na auricula. Neste caso, a utilização da via proximal torna-se exclusiva para a medida do débito cardíaco.
4- Cateter de termodiluição com quatro vias e " indicador de posição":

Neste modelo, a via proximal encontra-se a 10 cm da ponta do cateter, ou seja, no ventrículo direito. Através da visualização da curva de ventrículo direito é possível verificar a posição correcta do cateter ou quando ocorre a migração do mesmo.

5- Cateter de artéria pulmonar com fibra óptica:

Este modelo possui uma via a mais que contém no seu interior duas linhas de fibra óptica para realizar a medida da saturação venosa mista. Uma das linhas emite uma luz vermelha e infravermelha que incide nas células vermelhas do sangue e é refletida para a segunda linha.
Dessa forma, é identificada a quantidade de oxihemoglobina e desoxihemoglobina no sangue venoso misto. O módulo no computador calcula a fração de oxihemoglobina, mostrando e atualizando continuamente.

6- Cateter de artéria pulmonar com Pace:

Este modelo pode ser usado como pace sequencial auricular, ventricular e auriculo-ventricular. Tem cinco eletrodos:
· Dois eletrodos intra-ventricular: localizados a 18,5 cm e 19,5 cm da ponta do cateter.
· Três eletrodos intra-auricular: localizados a 28,5 cm, 31,0 cm e 33,5 cm da ponta do cateter.


7- Cateter de Swan Ganz com fração de ejeção por termodiluição:

É um dos modelos mais novos, que permite obter os cálculos dos volumes diastólico e sistólico finais do ventrículo direito. Este cateter possui:
· Dois eletrodos intra-cardíaco: um localizado no ventrículo direito e o outro na artéria pulmonar, que são sensíveis à despolarização ventricular.
· Uma saída localizada na auricula: com múltiplos orifícios, que quando injetada uma solução fria forma-se um borrifo neste local.
· Um sensor de temperatura (termosensor): que mede a variação da temperatura em cada batimento.

8- Cateter de Swan Ganz com medida de débito cardíaco contínuo:

Este modelo, possui um filamento térmico que envolve o cateter e encontra-se conectado e controlado por um computador. Está localizado no ventrículo direito. Conforme uma programação de tempo, este filamento é aquecido, modificando a temperatura local do sangue. A variação da temperatura é detectada pelo termosensor, localizado próximo da ponta do cateter, onde será reproduzida a curva de termodiluição do débito cardíaco.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Algoritmo do DAE

1 – Assegurar condições de segurança para si e para a vítima, bem como para qualquer pessoa que se encontre presente no local.
2 – Se a vitima não responde e não respira normalmente, envie alguém para ir buscar o DAE e Ligar 112
3 – Inicie de imediato RCP de acordo com o algoritmo do SBV (30:2), até que o DAE chegue.
4 – Assim que o DAE chegue:

« Ligue o DAE e coloque as placas na vítima. Se existir mais que um reanimador, um deles deve continuar as manobras de RCP.

« Deve ter alguns cuidados a quando da colocação das placas:
1. Retirar adesivos cutâneos
2. Limpar e secar a pele
3. Colar bem as placas
4. Não colocar a placas sobre Paces Makers definitivos.

« Siga as indicações visuais e auditivas do DAE.

« Assegure-se de que nada nem ninguém, toca na vítima, enquanto o DAE analisa o ritmo

5A – Se o choque está indicado:

« Assegure-se de que nada nem ninguém toca na vítima (Atenção, afastar! Verificar se todos estão afastados da vitima)
« Carregue no botão de descarga quando for indicado. (os DAE,s completamente automáticos libertam a descarga automaticamente)


« Continue conforme as instruções que forem indicadas por meio visual ou auditivo.



5B – Se o choque não está indicado:

« Continue imediatamente com RCP, utilizando um ratio de 30 compressões seguidas de 2 ventilações.
« Continue conforme as instruções que forem indicadas por meio visual ou auditivo.

6 – Continue a seguir as instruções do DAE até que:

« Chegue ajuda diferenciada, e que ocupe o seu lugar.
« A vítima recupere e comece a respirar normalmente
« O reanimador fique exausto