INTRODUÇÃO
A morte súbita do adulto, é responsável por cerca de 20.000 óbitos por ano em Portugal, constituindo assim um problema de saúde pública. Os numerosos estudos científicos têm demonstrado que a desfibrilhação realizada pelo público melhora a sobrevivência das vítimas de morte súbita no adulto.
O DAE para o público permite que até à chegada das equipas de emergência, seja aplicado o mais rápido possível um choque eléctrico externo à vitima que apresente com ritmo cardíaco (FV), ou todas as outras taquicardias responsáveis por paragem cardiorespiratória, e que é causa frequente de morte súbita.
Importa assim elaborar normas que regulam a organização de DAE,S no publico. Estas normas são aplicadas apenas ao DAE, dentro dos locais públicos ou que recebem muita afluência de publico (centros comerciais, supermercados)
RECOMENDAÇÕES:
Modalidade de Disposição e Localização dos DAE,S –
A disposição dos DAE,S no público, pode ser realizada de 2 formas:
Um serviço livre - Neste caso, o DAE é instalado num local público, e não importa a sua localização. Qualquer pessoa que passa, pode utilizá-lo, numa vítima que seja suspeita de PCR. O DAE é colocado por exemplo, na rua perto de um extintor; na gare do comboio; aeroporto, etc.
Por intermédio de uma pessoa designada – O interveniente não tem de ser forçosamente um socorrista, mas sim alguém que é responsável do material (ex: segurança; recepcionista; padre de uma paróquia; uma pessoa escolhida no seio da comunidade)
Locais de Implementação dos DAE,S –
A eficácia do programa está relacionado com a correcta escolha do local da disposição dos DAE,S. Os estudos internacionais preconizam que o DAE esteja localizado no local, onde as paragens cardiorespiratórias sejam susceptíveis de ocorrer.
Existe também indicação que pode ser implementado em locais onde é frequente existir pessoas de risco, por exemplo: locais onde circulam mais de 250 pessoas por dia, com mais de 50 anos de idade.
É neste contexto que os países anglo-saxónicos, consideram a implementação como rentável, em termos médico-económicos. No contexto do domínio público a CFRC, recomenda que a escolha dos locais para disposição dos DAE,S sejam as seguintes:
Os locais onde o acesso ao socorro, imponha um tempo de intervenção prolongado (na ordem dos 30 minutos), que será muito nefasto para o prognostico. Dentro desta configuração, apenas a presença do DAE pode melhorar o prognóstico.
Os pontos de passagem frequentes com grande aglomerado de pessoas (estações de comboio, aeroportos, centros comerciais, estádios)
Os locais onde o risco de morte súbita é muito importante (estádios, pavilhões desportivos). A escolha do local, deve ser realizada, depois de se ter efectuado um estudo rigoroso, sobretudo através da cartografia do local, e o estudo da acessibilidade dos primeiros socorros. A equipa médica deve ir ao local, para determinar com exactidão, o local da colocação do DAE, a fim de assegurar a sua boa visibilidade e acessibilidade pelo público.
Uma vez colocados os DAES no local, a CFRC recomenda que deve ser feita uma cartografia precisa da localização dos aparelhos, e comunicar aos potenciais intervenientes, aos serviços de socorro e equipas de emergência.
Escolha do Modelo do Desfibrilhador -
O CFRC, recomenda que os desfibrilhadores, à disposição do público sejam o mais simples possíveis de utilizar. Assim é preconizado que o traçado de ECG, não seja visível, o aparelho apenas deve comportar um ecran para controlo e/ou indicação das instruções a serem seguidas pelo operador. As instruções devem ser concisas, e precisas para guiarem o operador na sua utilização.
Existem 2 tipos de desfibrilhadores: os aparelhos que fazem tudo sozinhos (desfibrilhador inteiramente automático) e os aparelhos que indicam por meio de um sinal visual e/ou sonoro ao interveniente que carregue no botão para administrar o choque (desfibrilhador semi-automático).
Tanto um como o outro podem ser usados pelo público. Não existem estudos que demonstrem que um aparelho seja superior ao outro. A nível internacional, os países que utilizam o método de “uso livre”, utilizam os DAES automáticos, os países que utilizam o método de pessoa responsável, optam pelo DAE semi-automático. Esta escolha recaí apenas em factores essencialmente psicológicos.
O efeito da utilização do DAE automático, provoca ao operador o stress de ser ele o responsável pelo choque. Este stress, pode induzir o operador a retardar o choque.
Formação do Público –
A CFRC recomenda que a formação sobre a utilização do material e o algoritmo de RCP, devam ser gratuitos, e em forma de campanhas de informação. Cientificamente está estudado, que a formação deve ser curta e breve (inferior a uma hora), sendo o suficiente para utilizar o DAE.
De acordo com as indicações da Academia de Medicina, a formação que se destina ao público para utilização do DAE em método de “Uso Livre”, resume-se a 3 acções:
1) Alertar a emergência médica através do 112
2) Realizar compressões torácicas (compressão cardíaca externa)
3) Utilizar o DAE, seguindo as instruções dadas pelo aparelho
Utilizar a denominação: alertar, massajar, chocar, para divulgação de informação.
Recomenda-se ainda que a formação possa ser alargada, da seguinte forma: a formação pode ser alargada com um complemento, incluindo a ventilação artificial (por boca-a-boca), para os seguintes casos:
Pessoas voluntárias, que durante a formação, tenham sido eficazes na assimilação de conhecimentos.
Pessoas indicadas como responsáveis do aparelho
Pessoas com alguma diferenciação
Informação do Público –
Para uma adequada utilização do aparelho é necessário chegar a informação a todos os intervenientes como tal sugere-se o seguinte:
Campanha de informação utilizando todos os suportes (escritos, multimédia)
Divulgação através de jornais locais e regionais, televisão, rádio e nos locais de encontros como por exemplo, pavilhões desportivos.
Indicar a localização exacta doa aparelhos e como aceder e utilizar adequadamente os mesmos.
Campanhas em locais de concentração: associações, igrejas, festas.
Manutenção dos DAES –
A utilização dos desfibrilhadores, será episódica, e limita-se à sua utilização apenas algumas vezes por ano. Independentemente desta situação os aparelhos devem funcionar correctamente. Deve ser efectuada uma manutenção rigorosa dos aparelhos devem funcionar correctamente.
Deve ser efectuada uma manutenção rigorosa dos aparelhos, para que o programa decorra sem Intercorrências. Recomenda-se a auditoria periódica dos aparelhos, para a sua adequada manutenção.
Avaliação dos Programas de DAE –
A equipa coordenadora, deve avaliar os resultados do DAE, por ser um elemento importante da qualidade de serviço. A auditoria permite verificar a pertinência da escolha do local de implementação, melhorar os procedimentos e propor melhorias para o posicionamento do DAE, e a necessidade de intensificação da campanha de informação.
Por outro lado a equipa de auditoria, deve verificar se os protocolos estão a ser respeitados e cumpridos conforme estipulado. Deve-se realizar pelo menos uma reunião anual da equipa coordenadora com a equipa de implementação e operacionalização do programa.
A morte súbita do adulto, é responsável por cerca de 20.000 óbitos por ano em Portugal, constituindo assim um problema de saúde pública. Os numerosos estudos científicos têm demonstrado que a desfibrilhação realizada pelo público melhora a sobrevivência das vítimas de morte súbita no adulto.
O DAE para o público permite que até à chegada das equipas de emergência, seja aplicado o mais rápido possível um choque eléctrico externo à vitima que apresente com ritmo cardíaco (FV), ou todas as outras taquicardias responsáveis por paragem cardiorespiratória, e que é causa frequente de morte súbita.
Importa assim elaborar normas que regulam a organização de DAE,S no publico. Estas normas são aplicadas apenas ao DAE, dentro dos locais públicos ou que recebem muita afluência de publico (centros comerciais, supermercados)
RECOMENDAÇÕES:
Modalidade de Disposição e Localização dos DAE,S –
A disposição dos DAE,S no público, pode ser realizada de 2 formas:
Um serviço livre - Neste caso, o DAE é instalado num local público, e não importa a sua localização. Qualquer pessoa que passa, pode utilizá-lo, numa vítima que seja suspeita de PCR. O DAE é colocado por exemplo, na rua perto de um extintor; na gare do comboio; aeroporto, etc.
Por intermédio de uma pessoa designada – O interveniente não tem de ser forçosamente um socorrista, mas sim alguém que é responsável do material (ex: segurança; recepcionista; padre de uma paróquia; uma pessoa escolhida no seio da comunidade)
Locais de Implementação dos DAE,S –
A eficácia do programa está relacionado com a correcta escolha do local da disposição dos DAE,S. Os estudos internacionais preconizam que o DAE esteja localizado no local, onde as paragens cardiorespiratórias sejam susceptíveis de ocorrer.
Existe também indicação que pode ser implementado em locais onde é frequente existir pessoas de risco, por exemplo: locais onde circulam mais de 250 pessoas por dia, com mais de 50 anos de idade.
É neste contexto que os países anglo-saxónicos, consideram a implementação como rentável, em termos médico-económicos. No contexto do domínio público a CFRC, recomenda que a escolha dos locais para disposição dos DAE,S sejam as seguintes:
Os locais onde o acesso ao socorro, imponha um tempo de intervenção prolongado (na ordem dos 30 minutos), que será muito nefasto para o prognostico. Dentro desta configuração, apenas a presença do DAE pode melhorar o prognóstico.
Os pontos de passagem frequentes com grande aglomerado de pessoas (estações de comboio, aeroportos, centros comerciais, estádios)
Os locais onde o risco de morte súbita é muito importante (estádios, pavilhões desportivos). A escolha do local, deve ser realizada, depois de se ter efectuado um estudo rigoroso, sobretudo através da cartografia do local, e o estudo da acessibilidade dos primeiros socorros. A equipa médica deve ir ao local, para determinar com exactidão, o local da colocação do DAE, a fim de assegurar a sua boa visibilidade e acessibilidade pelo público.
Uma vez colocados os DAES no local, a CFRC recomenda que deve ser feita uma cartografia precisa da localização dos aparelhos, e comunicar aos potenciais intervenientes, aos serviços de socorro e equipas de emergência.
Escolha do Modelo do Desfibrilhador -
O CFRC, recomenda que os desfibrilhadores, à disposição do público sejam o mais simples possíveis de utilizar. Assim é preconizado que o traçado de ECG, não seja visível, o aparelho apenas deve comportar um ecran para controlo e/ou indicação das instruções a serem seguidas pelo operador. As instruções devem ser concisas, e precisas para guiarem o operador na sua utilização.
Existem 2 tipos de desfibrilhadores: os aparelhos que fazem tudo sozinhos (desfibrilhador inteiramente automático) e os aparelhos que indicam por meio de um sinal visual e/ou sonoro ao interveniente que carregue no botão para administrar o choque (desfibrilhador semi-automático).
Tanto um como o outro podem ser usados pelo público. Não existem estudos que demonstrem que um aparelho seja superior ao outro. A nível internacional, os países que utilizam o método de “uso livre”, utilizam os DAES automáticos, os países que utilizam o método de pessoa responsável, optam pelo DAE semi-automático. Esta escolha recaí apenas em factores essencialmente psicológicos.
O efeito da utilização do DAE automático, provoca ao operador o stress de ser ele o responsável pelo choque. Este stress, pode induzir o operador a retardar o choque.
Formação do Público –
A CFRC recomenda que a formação sobre a utilização do material e o algoritmo de RCP, devam ser gratuitos, e em forma de campanhas de informação. Cientificamente está estudado, que a formação deve ser curta e breve (inferior a uma hora), sendo o suficiente para utilizar o DAE.
De acordo com as indicações da Academia de Medicina, a formação que se destina ao público para utilização do DAE em método de “Uso Livre”, resume-se a 3 acções:
1) Alertar a emergência médica através do 112
2) Realizar compressões torácicas (compressão cardíaca externa)
3) Utilizar o DAE, seguindo as instruções dadas pelo aparelho
Utilizar a denominação: alertar, massajar, chocar, para divulgação de informação.
Recomenda-se ainda que a formação possa ser alargada, da seguinte forma: a formação pode ser alargada com um complemento, incluindo a ventilação artificial (por boca-a-boca), para os seguintes casos:
Pessoas voluntárias, que durante a formação, tenham sido eficazes na assimilação de conhecimentos.
Pessoas indicadas como responsáveis do aparelho
Pessoas com alguma diferenciação
Informação do Público –
Para uma adequada utilização do aparelho é necessário chegar a informação a todos os intervenientes como tal sugere-se o seguinte:
Campanha de informação utilizando todos os suportes (escritos, multimédia)
Divulgação através de jornais locais e regionais, televisão, rádio e nos locais de encontros como por exemplo, pavilhões desportivos.
Indicar a localização exacta doa aparelhos e como aceder e utilizar adequadamente os mesmos.
Campanhas em locais de concentração: associações, igrejas, festas.
Manutenção dos DAES –
A utilização dos desfibrilhadores, será episódica, e limita-se à sua utilização apenas algumas vezes por ano. Independentemente desta situação os aparelhos devem funcionar correctamente. Deve ser efectuada uma manutenção rigorosa dos aparelhos devem funcionar correctamente.
Deve ser efectuada uma manutenção rigorosa dos aparelhos, para que o programa decorra sem Intercorrências. Recomenda-se a auditoria periódica dos aparelhos, para a sua adequada manutenção.
Avaliação dos Programas de DAE –
A equipa coordenadora, deve avaliar os resultados do DAE, por ser um elemento importante da qualidade de serviço. A auditoria permite verificar a pertinência da escolha do local de implementação, melhorar os procedimentos e propor melhorias para o posicionamento do DAE, e a necessidade de intensificação da campanha de informação.
Por outro lado a equipa de auditoria, deve verificar se os protocolos estão a ser respeitados e cumpridos conforme estipulado. Deve-se realizar pelo menos uma reunião anual da equipa coordenadora com a equipa de implementação e operacionalização do programa.
Sem comentários:
Enviar um comentário